AS CALÇADAS E O CASTELO DE LISBOA
Olho para o chão, procuro as pedras da calçada,
Não vá eu tropeçar numa pedra solta, maldosa,
Que me queira deitar ao chão, para me provar,
Que tem muito poder por ser uma pedra milenar.
Avanço pela calçada, é noite, a lua nova tímida,
Nada ilumina, assim apenas vejo as sombras
Dos que deambulam pela calçada, sem rumo,
Enquanto Lisboa dorme alheia aos murmúrios.
No colina, destaca-se o Castelo de São Jorge,
Cioso das suas pedras seculares, testemunhas
Das pelejas travadas com os mouros invasores,
Que ao povo criavam pânico e nítidos temores.
As pedras do castelo são iguais às da calçada,
Guardam muitas histórias dos seus cidadãos,
Como memória dos combates dos soldados,
Que se bateram em batalhas pela libertação.
Libertação dum Estado ibérico em formação,
Liderado por Dom Afonso Henriques, o rei
Primeiro de Portugal, que fiel ao seu ideal.
Lançou os alicerces do nosso país, Portugal.
Ruy Serrano - 09.12.2014, às 22:25 H