O Mar Que Nos Uniu

Em alto-mar, acompanhando o vento, sob a corrente,

Navegavam os heróis que o tempo não esquece.

E não apenas ao remanescente,

Mas também ao que no fundo do mar permanece.

E no mar que não encerra,

A brisa que sussurrava era suave, agradável e bela.

Fazia-os sonhar com os entes queridos em terra,

Àqueles homens a bordo da caravela.

De quem será a alma que merece tal sacrifício?

E quem daria a vida por uma alheia ambição?

Ali, era impossível fugir ao precipício,

Pois o mar os aprisionava numa eterna escuridão.

Mar esse que fazia-os sonhar, depois os engolia

Era tão imenso que parecia surreal

A alma que merece tal odisseia

É a alma do povo de Portugal!

Assombra-se a tempestade, instala-se o medo

Nunca se irá ceder, isto não será o fim

É possível que seja, não é segredo

Mas não poderá acabar assim

A coragem é a força que os alimenta

Um povo com tamanha destreza

Um povo que nada os atormenta

Nem mesmo a força da Natureza

E assim o céu se clareia, abrindo o horizonte

Ao longe se avista terra, o paraíso

Avista-se as areias, a floresta e o monte

Foi o momento da vitória, um momento de riso

E assim foi, naquele memorável dia

Naquele dócil dia de Abril

Dois povos se unirão para a história

Pois haviam chegado ao Brasil!

Sérgio Peixoto
Enviado por Sérgio Peixoto em 26/02/2015
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