Democracia Brasileira

Um dia raiou em alônimo a cidade-país de antônimo,

Caiu feito chuva sobre todos, sobretudo pseudônimo.

Era de ser para o bem de todos a liberdade já tão sonhada,

Sem máscara se falaria, a fala jamais seria calada.

No sentido irrestrito da palavra que se ensinava na escola,

Abraçava a todos sem restrição, era o sonho de um cidadão.

Levantando o branco, empunhando o mastro nas mãos,

Despertou toda a nação, para o sonho de uma ilusão.

Mas se a vida nascida para ser vivida, sobrepõe-se impetuosa,

Dizer-nos-ai em silêncio que o segredo já morria, ante o medo.

Pois, dar-se-ia vida, sobrepondo-se um direito chamado democracia,

Direito não se fazia já que nem mesmo saber ler havia, entre todos, alguém que ali jazia.

Todo homem tem seu direito, merecido direito agora havia,

Sobre todos sem descrição do nome, era de fato uma doce ilusão.

Doce por assim dizer, já que o doce nunca se pôde ver,

E o brasileiro inebriado de sonhos, vive seu sonho para sobreviver.