Nossas praias.
Na praia, onde dançam
As ondas de preconceito,
Movidas com o ar.
Com os ventos de hipocrisia.
Nadando na parte rasa,
Se preocupando com pedras de direitos.
Tentando ficar fora da área maior.
Rodeada de tubarões políticos.
Onde a profundidade desafia nossos olhos
E a escuridão esconde a corrupção.
Nossos frutos marinhos de benefícios.
Não nos preocupamos com o que os alimenta.
E o sal, do trabalho, que tanto nos salga.
Que depois nos lavamos como podemos.
Nossas praias contaminadas.
Refúgios de fim de semana.
Nossos males como feridas.
Que não mais podem ser tratadas.
Apenas necroses é o que resta.
E nossos membros, antes saudáveis.
São só pernas, para serem amputadas.