Nossas praias.

Na praia, onde dançam

As ondas de preconceito,

Movidas com o ar.

Com os ventos de hipocrisia.

Nadando na parte rasa,

Se preocupando com pedras de direitos.

Tentando ficar fora da área maior.

Rodeada de tubarões políticos.

Onde a profundidade desafia nossos olhos

E a escuridão esconde a corrupção.

Nossos frutos marinhos de benefícios.

Não nos preocupamos com o que os alimenta.

E o sal, do trabalho, que tanto nos salga.

Que depois nos lavamos como podemos.

Nossas praias contaminadas.

Refúgios de fim de semana.

Nossos males como feridas.

Que não mais podem ser tratadas.

Apenas necroses é o que resta.

E nossos membros, antes saudáveis.

São só pernas, para serem amputadas.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 03/07/2015
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T5298963
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