O MAR SECOU

Queria eu a tristeza filosófica mergulhar

Na região abissal

_ A mais profunda do mar _

Afogar o cansaço moral eu queria,

Mas a esperança morreu... “o mar secou”,

Como escreveu Carlos Drummond de Andrade,

E tudo o que do vasto céu de água restou

Foi esse fel, essa mágoa, esse lamaçal

Da histórica corrupção sobranceira,

Tão infensa! Tão nociva!

_ A mais imunda perversidade _

Onde jaz mudo o cadáver da esfuziante alegria

Patriótica da nação brasileira,

Tão imensa! Tão festiva!

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 07/12/2015
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