Sertaneja sim, sinhor!

Recebam o meu abraço

Vou aqui dizer quem eu sou

O meu chão me tornou forte

E o meu céu tem mais cor

Agora humildemente

Quero a você propor

Um passeio em minha terra

Onde se tem mais calor

Temos gente inteligente

Nossa praia é de água doce

O Açude Poço da Cruz

Muita alegria nos trouxe

Temos tecnologia

Que veio nos ajudar

Porém nunca permitimos

Ela nos robotizar

Por isso somos capazes

Até de compreender

As suas limitações

Quando dar seu parecer

É que o mundo da mídia

Conseguiu lhe entorpecer

Peço desculpa a você

Dos grandes centro urbanos

Mas tenho que lhe dizer:

Precisa ser mais humano

Para poder compreender

A riqueza do Sertão

Nós também usamos números

Vemos o noticiário

Navegamos na internet

Invadimos seu cenário

O povo da minha terra

Não é por código tratado

prova disso é o reencontro

Com um abraço apertado

Que alegra o coração

E o faz bater apressado

Se é que você entende

O que estou a lhe falar

se consegue compreender

A biodiversidade

Sabe bem que ela se dá

Com particularidade

Não quero que fiquem tristes

Tampouco, lhes ofender

Mas o povo do Sertão

Mesmo falando: Ôxente!

É povo que sabe ler

E para vos situar

Devo ainda informar

Que o povo da Caatinga

Tá cursando faculdade

Estuda Pedagogia,

Letras, Filosofia...

Nosso povo é muito forte

Não teme demagogia

Vai lutar até a morte

Por sua cidadania.

Gravatá-PE., 2006.

Cláudia Rosa
Enviado por Cláudia Rosa em 29/12/2015
Reeditado em 18/08/2019
Código do texto: T5494278
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