IMPEACHMENT

Enquanto a Pátria arqueia capenga,

sem meta, sem rumo, sem céu.

E os Astros do Luzeiro são minados

no opróbrio da corrupção.

Congressistas divertem a platéia,

com beijos lançados ao léu,

Como fundamentos dos votos

que pedem a cassação.

Mas nada é tão ruim que não possa piorar

A despeito do que afirma o nobre Tiririca.

Que o diga Bolsonaro, em o Ustra exaltar.

Sabe nada o Palhaço, bem pior ainda fica.

Foi por fim a Pátria mãe, exposta e despida

Tal e qual a Geni do cantor Chico Buarque.

Tão dura a humilhação e tão cruel o achaque,

Quanto do Jean Wyllys a asquerosa cuspida.

O impeachment é vergonhoso, é atitude extrema

É ato vil de mea culpa, direcionado à nação.

É a mãe que chora o filho encarcerado em prisão,

É a palavra mais dura que pode tecer a pena!

Erramos mais uma vez, diz o quadro em sintonia

Transformando o Brasil em um teatro de horrores,

Entregando o cetro e a coroa a quem não merecia,

Fomos todos reprovados no concurso de eleitores.

Quem sabe até já é hora de uma nova Constituição.

Há que se ter a vida aberta, se quer ser parlamentar.

E lugar de bandido, Moro, é no fundo da prisão.

Chega de tanto leitão, hajam tetas pra mamar.

Chega de bolsas e de vales, o povo não quer esmola,

Quer saúde, quer emprego, quer moradia e escola.

Já dizia Luiz Gonzaga sobre tal verberação:

Que a esmola envergonha, ou vicia o cidadão.

Vamos lá nação guerreira, não se findaram as batalhas.

Lavemos, pois, o Congresso, a exemplo do Alvorada.

Fora Dilma, Cunha, Temer, Renan...fora toda a cambada.

E já chega, por favor, de eleger tantos canalhas!