PRA DIZER QUE NÃO FALEI DAS DORES (ANDANDO E PENSANDO)
 
Andando e pensando
Seguindo sem noção
Vejo tudo desiguais
Como os dedos da mão
As favelas, cidades nuas
Campos de concentração
Andando e pensando
Perseguido ou não
 
Vem, me siga agora
Não espere esse sofrer
Pois, se pensar ignora
Não deixe amanhecer
 
Pelos cantos tem fome
Em becos e porões
E nas ruas chorando
Pobres cidadães
Fazendo da dor
Suas lamentações
Acreditando na cor
Enfrentando razões
 
Vem, me siga agora
Não espere esse sofrer
Pois, se pensar ignora
Não deixe amanhecer
 
São tantos os desalmados
Perdoados em vão
Mas todos servidos
Pelo poder da salvação
Nas catedrais lhes iluminam
A bendita unção
De viver pela fé
E morrer sem noção
 
Vem, me siga agora
Não espere esse sofrer
Pois, se pensar ignora
Não deixe amanhecer
 
Vem, me siga agora
Não espere esse sofrer
Pois, se pensar ignora
Não deixe amanhecer
 
As dores da gente
As cores na mão
A injustiça, a mente
A retórica no chão
Andando e pensando
Perseguindo a razão
Querendo e buscando
Essa nossa nação
 
Vem, me siga agora
Não espere esse sofrer
Pois, se pensar ignora
Não deixe amanhecer
 
Léo Pajeú Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Bargom Leonires em 04/09/2017
Reeditado em 04/09/2017
Código do texto: T6104234
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