SEGUINDO A BESTA


Vaga a besta no serrado,
Vomitando truculência,
Plantando ameaças,
Rompendo a sanidade.

Néscios seguem a fera insana,
Vestidos nas bandeiras usurpadas,
Encobertos por convicções espúrias,
Cegos pela apatia que cobre até a vergonha.

Manto de ódio gratuito encobre a marcha,
Que segue rito conhecido de outrora,
Desaforando a harmonia, feito lobos famintos,
Derramando desgraça por onde passam.

O mito, a besta, o gado,
Seguem o caminho que os levará ao precipício,
E mesmo cientes inconscientes seguem,
Dominados pela idolatria ao soldadinho de chumbo.