SILÊNCIO ARGENTINO

Eu sou a porta fechada;

As janelas abertas;

A profecia revela;

O voar dos pássaros;

O perfume das rosas de maio.

Sou o silêncio que calou-se diante do parto;

Porque o sangue dos mártires se transformou em lágrimas;

Sou, serei silente na reza, na frente rosada;

De véus de organela, lúdico telúrico povo;

cálice, um vinho amargo de amargo regresso.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 28/12/2021
Reeditado em 28/12/2021
Código do texto: T7416896
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