Vasos, Vasilhas e Veredas

É lembrança de sol de manhã

É na voz um ditado popular

Palavra que dá gosto na boca

Oh cidade que me quer prosperar

É o braço que bate no rio

A trança que deixo esperar

Na pedra quente sem limo

Ou na palha que varre meu lar

Na cabeça bacia de prato

Já no peito lembrança do lar

É na horta que cumpre o desejo

Meu apolo, sabor ciriguela

O caminho se mede no pé

É de vaso, vasilha e vereda

É memória que canta na brisa

É montanha de muita esperteza

Quem já sabe, só basta ouvir

O meu canto é doce, jequí

Eu espero que o bravio do rio

Não me volte a submergir

É de tempo em tempo meu nobre

Que a fagulha acende João

Bate forte o brilho no peito

Sobe fogos da noite, irmão

Se conforta a lembrança aqui

Me resguardo do teu relembrar

A cidade de nossos herdeiros

Vale a sombra de nosso deixar?

O jequí, tu que veio, me conte

Há valido o caminho chegar?

Entre vaso, vasilha e vereda

A cidade, mais que o sol, quer brilhar

Maicon Lopes
Enviado por Maicon Lopes em 13/04/2023
Reeditado em 13/04/2023
Código do texto: T7762670
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