Sinais dos Tempos

Tempos atrás, tudo era bom e diferente.

Em janeiro, tinha fogos de artifício.

Havia brindes com a família e amigos.

Havia esperança e renovo,

E os votos de um “feliz ano novo”!

Hoje em dia, não mais temos certeza

De que seremos “feliz de novo”!

Em fevereiro, havia carnaval

E a folia era a ordem do dia no país inteiro.

Hoje em dia, estão tirando a nossa alegria,

Enquanto meia dúzia de “pierrôs e colombinas”,

Fazem folia com o nosso dinheiro.

As águas de março nos afogam em mágoas.

Abril começa com a mentira

De que todo poder emana do povo.

Todo dia 21 somos enforcados de novo!

Maio, poderia ser um mês pro desafogo

Mas, por conta de podres frutas,

Tivemos que ser todos filhos da mãe luta!

Em junho, era só fogueira, doces e canjica.

Hoje tá fogo! Tá tudo cinza! Tá tudo zica!

Antes o povo se vestia de caipira e pulava quadrilha.

Hoje, ele pula pra sobreviver com poucos grãos de milho.

O balão não sobe. O céu não é mais tão lindo e a noite não é tão boa.

Neste país, um canto triste se ecoa, vítima de uma outra quadrilha!

Em julho, não há mais férias. A luta continua!

Agosto, assim como era com os cachorros,

Passamos nós a ficar loucos com esse Sistema do cão!

Setembro entra sem flores e a independência caiu ao chão!

Outubro ficou rubro!

Novembro fica a pergunta: Onde tá a República

Federativa do Brasil?

Onde estão nossas garantias?

Nos dê um sinal!

“Liberdade, liberdade” Abra as asas sobre nós!”

Em meio a esta “tempestade, ouça a nossa voz!”

Para que em dezembro possamos afinal,

Ter novamente a sensação de um feliz natal!