TERRA DA PALMEIRA E DO SABIÁ

Minha terra teve escravos que agora libertos estão

Foram aviltados e em porões tiritaram de frio

Foram trazidos por homens destituídos de coração

Como animais acorrentados na escuridão do navio

A cada porto que desembarcavam eram bem recebidos

Não sabiam a triste destino que os aguardava na lavoura

Chicoteados nos troncos como se fossem uns malditos

O choro silencioso clamava por uma mão salvadora

Minha terra foi invadida por aventureiros holandeses

Que das entranhas da terra usurpariam nossas riquezas

Não podiam ficar de fora os corsários e os franceses

Mas sempre prevaleceram as conquistas portuguesas

A arquitetura da cidade demonstra nossa diversidade

Pois todos trouxeram para cá um estilo da sua nação

A mistura culinária é um convite para a obesidade

A etnia de seu povo vem matizar a nossa população

Minha terra tem poetas que versejam o alegre sabiá

Escritores que se destacam pelos pensamentos e ideais

Políticos famosos que seu carisma ao povo sobe conquistar

Nossa cultura nossa riqueza e florestas virgens naturais

Os escravos fazem parte da história que ficará na lembrança

Os conquistadores que nos deixaram à arquitetura de seu país

Hoje são apenas lições pedagógicas ensinadas as crianças

Passear por suas ruas é te exaltar minha querida São Luiz

Minha terra tem palmeiras que fazem sombras pelo chão

Suas copas sempre abertas é o palco para o sabiá gorjear

Os bandos vêm fazê-la de hotel e ouvir o canoro cancão

O babaçu seu fruto é o leite que vem ao filhote alimentar

Minha terra tem palmeira que Gonçalves Dias na poesia exaltou

Não encontrava na outra os primores que alegrava seu coração

A historia não relata se para lá ele realmente um dia voltou

Terra saudosa e bela é você meu querido e amado maranhão.

Artonilson Macedo

ARTONILSON MACEDO BEZERRA
Enviado por ARTONILSON MACEDO BEZERRA em 21/12/2007
Código do texto: T787688
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