Fado Português

Na alma do Lusitano,

brilha um estranho lirismo

Foi para o mar um profano,

mas impôs Portuguesismo.

Habituado à partida,

ele inventou a Saudade;

Nesse mar que é sua vida,

de sofrimento e maldade.

No xaile negro sonhou,

seu amor no alto mar…

Foi quando o fado cantou,

com o seu peito a sangrar.

O fado nossa canção,

semeado de tristeza;

São ecos do coração,

onde habita a incerteza.

Por isso o nosso fado,

é canção de sentimento;

Que numa voz é chorado,

expressando um lamento.

De um amor que partiu,

no vento enfunando as velas

e na saudade sentiu…

Esse mar e as caravelas.

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 05/04/2008
Código do texto: T932041