HINOS ESMAGADOS

Eu não sei se agüento

Com o peso da minha cabeça

Tenho rostos, risos, rastros, restos de sonhos

Faço um figurino de mim

Fluindo da vertente do meu ser

Sacando-me, me amando.

No peso da minha cabeça

Cai uma flor aberta

Como uma pétala de sonhos

E figura de outono

Compondo minhas alucinações

Presas ainda no centro da cabeça

Sufocada nas intermináveis e repetidas

Palavras dos vãos

Homens da nação

Cantando hinos

Que esmago no chão.

Patriotismo?

Para qual Nação?

Em cada um que sobe no palco

Desrespeita o seu solo sagrado

Que não tem mais dono

Que virou resto

De outros povos

Saqueado

Usurpado

Nação?

Esmago no chão!!!

Rose de Castro

Ghost Writer e Poeta

Rose de Castro
Enviado por Rose de Castro em 28/04/2008
Código do texto: T966467