HINOS ESMAGADOS
Eu não sei se agüento
Com o peso da minha cabeça
Tenho rostos, risos, rastros, restos de sonhos
Faço um figurino de mim
Fluindo da vertente do meu ser
Sacando-me, me amando.
No peso da minha cabeça
Cai uma flor aberta
Como uma pétala de sonhos
E figura de outono
Compondo minhas alucinações
Presas ainda no centro da cabeça
Sufocada nas intermináveis e repetidas
Palavras dos vãos
Homens da nação
Cantando hinos
Que esmago no chão.
Patriotismo?
Para qual Nação?
Em cada um que sobe no palco
Desrespeita o seu solo sagrado
Que não tem mais dono
Que virou resto
De outros povos
Saqueado
Usurpado
Nação?
Esmago no chão!!!
Rose de Castro
Ghost Writer e Poeta