Avenida Paulista

Paulista

Abrigaste num passado distante

Barões do café: nobres imigrantes

Casarões memoráveis

Mansões inigualáveis

Um glamour esfuziante

Que ainda abrigas...

Jóia do planalto

Singrava pelo alto

A cidade em crescimento

E seu desenvolvimento

Que não era mais distante

E que ainda não é...

Deu lugar ao longo dos tempos

À prédios mil e apartamentos

Bancos, empresas e agências

Seu nome: antônimo de falência

Sinônimo de sucesso

Que para sempre será...

Virou ponto de encontro grã-fino

De concorrência e comportamento ferino

Ampliou sua grandiosidade

Aniquilou a humildade

Esquecida no cinza concreto

Que ainda deveria restar...

No subsolo o metrô imponente

Carrega veloz a sua gente

Que lá vai trabalhar

Ou ainda estudar

Nos seus centros culturais

Que sempre há de imperar...

Tem o MASP, o SESI e o Itaú Cultural

A Livraria Cultura do Conjunto Nacional

Shopping, Sebos e algumas galerias

Bancas de jornais que parecem livrarias

Esta é a Paulista

Que se há de fotografar...

Não deixaste de ser humilde por acaso:

És imensa até na extensão

Tem até área verde: Trianon

Faz com a Augusta uma esquina

Subjetivamente não termina

Quando chega a Consolação

Começa...

Na mente e na lembrança

Na vontade de voltar

De lá um dia trabalhar

Pois alimenta a esperança

Que esta cidade

Amparada em seu ritmo

Há certamente

De ver sua gente

Um dia vingar.

Rodrigo Augusto Fiedler
Enviado por Rodrigo Augusto Fiedler em 01/07/2008
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