Avenida Paulista
Paulista
Abrigaste num passado distante
Barões do café: nobres imigrantes
Casarões memoráveis
Mansões inigualáveis
Um glamour esfuziante
Que ainda abrigas...
Jóia do planalto
Singrava pelo alto
A cidade em crescimento
E seu desenvolvimento
Que não era mais distante
E que ainda não é...
Deu lugar ao longo dos tempos
À prédios mil e apartamentos
Bancos, empresas e agências
Seu nome: antônimo de falência
Sinônimo de sucesso
Que para sempre será...
Virou ponto de encontro grã-fino
De concorrência e comportamento ferino
Ampliou sua grandiosidade
Aniquilou a humildade
Esquecida no cinza concreto
Que ainda deveria restar...
No subsolo o metrô imponente
Carrega veloz a sua gente
Que lá vai trabalhar
Ou ainda estudar
Nos seus centros culturais
Que sempre há de imperar...
Tem o MASP, o SESI e o Itaú Cultural
A Livraria Cultura do Conjunto Nacional
Shopping, Sebos e algumas galerias
Bancas de jornais que parecem livrarias
Esta é a Paulista
Que se há de fotografar...
Não deixaste de ser humilde por acaso:
És imensa até na extensão
Tem até área verde: Trianon
Faz com a Augusta uma esquina
Subjetivamente não termina
Quando chega a Consolação
Começa...
Na mente e na lembrança
Na vontade de voltar
De lá um dia trabalhar
Pois alimenta a esperança
Que esta cidade
Amparada em seu ritmo
Há certamente
De ver sua gente
Um dia vingar.