A Feira

A Rua Cuiabá é onde os feirantes douradenses montam suas barraquinhas para vender seus produtos da terra e manufaturados artesanalmente. Produtos deliciosos. É um "ponto de convergência". Quando não tenho nada para comprar, estaciono meu carro por perto e vou andar pela feira e me deliciar com o cheiro de verduras, frutas, pastel feito na hora, garapa de cana e outras tantas delícias. Delicie-se com o texto:

A Rua Cuiabá

É uma dessas ruas pacatas

Com gente aqui e acolá;

Correndo contra o tempo,

Na luta,

Pegando na batuta

Para o pão ganhar.

Mas no fim de semana

A rua é um ponto de convergência

Com urgência

O cidadão se esquece da vida,

Da luta sofrida,

Mesmo com canseira,

Pega a mulher e a prole

E vai para a feira.

Ah! É da feira que eu quero falar,

Gente de todo lugar,

Uns para fazer um bico

E não “pagar o mico”

De ver o pão faltar;

Outros que não querem nem saber,

Vão é festar.

Na barraca de Dona Ana

Pede-se um caldo de cana;

Na pastelaria do Bem Bom

Pedem: um de frango! Um de queijo!

Enquanto não sai,

Olha para a amada,

Tasca-lhe um beijo;

A molecada esfrega as mãos,

E com emoção dá a primeira mordida.

A feira não tem etnia,

E nesta via,

Tem gente de olhos puxados,

Outros de crânios achatados,

De ritmos mil,

De todos os cantos do Brasil.

A feira é uma miscelânea,

Uma coletânea de raças

Que com raça vencem o ardil.

Bem, a feira não é eterna,

E com uma voz terna

A esposa chama:

É hora de ir para a cama.

Que pena! Acabou.

Mas tem mais

No próximo final de semana!

Aldair Lucas
Enviado por Aldair Lucas em 29/08/2008
Reeditado em 11/09/2008
Código do texto: T1151544
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.