MINHA CIDADE by Léia Da Hora

Léia da Hora

A cidade onde moro, encravada em lindo vale entre morros,

Qual jóia preciosa repousa Juiz de Fora.

Protegida de um lado, pelo Cristo, Divino Protetor;

E pelo outro, o rio que passa majestoso por todo o sempre.

Generoso, Paraibuna! A suportar silenciosamente a nódoa da população,

Adultos-crianças que, sem pena, por ele passam insensíveis ao seu labor.

Delicadas rendas diamantinas brilham aos primeiros raios do sol,

Pelas manhãs, ainda a carregar o frescor das madrugadas.

Teias das pequenas aranhas, tecidas entre matinhos rasteiros,

Tesouro escondido lá no chão, em pedrinhas orvalhadas.

E no vento, a soprar suavemente, vêm as estórias tão sofridas dessas gentes esforçadas.

Durante o dia é um corre - corre febril, as pessoas procurando dar conta desse Brasil.

Dinheiro curtinho no bolso daqueles que, pobres, trabalham atrás do seu ganha-pão.

Nem pensar pensam direito tão envolvidos estão.

E a vida vai passando, as crianças vão crescendo os jovens amadurecendo.

Os adultos vão se vergando e os velhos se aproveitando.