PAISAGEM NORDESTINA
Lá no sertão do meu Nordeste,
Onde o tal cabra da peste,
Fala, mas não conhece,
O idioma português.
É cruel o seu destino,
O caboclo nordestino,
Morre lutando e não tem vez.
O tocador de Viola,
Se entrasse numa escola,
Honraria sua terra,
E talvês fosse a Inglaterra,
Ensinar falar inglês.
Lá se ver o lavrador,
A Deus ter mais afeto,
E o poeta analfabeto,
Fazer versos de improviso.
A lua desfeita em riso
O elogio agradece,
E todo campo lhe oferece,
O aroma de flores finas.
O aboio do vaqueiro,
E o cantar do siriema,
Completa todo poema,
Da paisagem nordestina.
- Lima -
Lá no sertão do meu Nordeste,
Onde o tal cabra da peste,
Fala, mas não conhece,
O idioma português.
É cruel o seu destino,
O caboclo nordestino,
Morre lutando e não tem vez.
O tocador de Viola,
Se entrasse numa escola,
Honraria sua terra,
E talvês fosse a Inglaterra,
Ensinar falar inglês.
Lá se ver o lavrador,
A Deus ter mais afeto,
E o poeta analfabeto,
Fazer versos de improviso.
A lua desfeita em riso
O elogio agradece,
E todo campo lhe oferece,
O aroma de flores finas.
O aboio do vaqueiro,
E o cantar do siriema,
Completa todo poema,
Da paisagem nordestina.
- Lima -