HISTÓRIA DE CANOAS E PEIXES

Como quem escreve na areia

rabisco palavras nas àguas do rio

Tudo ali era sacro

Na paisagem de canoas e peixes

De noite deitava-me em cama de varas

Em travesseiros de paina

O escuro do mundo

Vinha de fantasmas e mulas sem cabeças

Vinha nas histórias

Contadas pelas avós na hora de dormir

Memória que assalta e que por um instante

Ilumina o tempo distante

A infância distante

E nunca esquecida

Como as gotas das primeiras chuvas de verão

Cláudio Bento
Enviado por Cláudio Bento em 19/12/2008
Código do texto: T1343480
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