COQUEIRO DO PARAGUASSÚ. ... 01

Os teus campos têm cheiro de flores orvalhadas, de flamboyant vives cheio,
Um riacho entre pedras e de água doce corre logo ali.
O céu azul matizado, saveiros de velas ao vento , como crianças posso ver,
Um lugar de paz e plenitude guarda o encanto da infância que vivi

Coqueiros; pequeno e belo onde tudo posso, inclusive sonhar,
Na casinha onde me criei, repouso minha vida a olhar,
Pelo clarão da janela não há limites no horizonte azul,
Então cruzo o universo e pela passarela do tempo vou caminhar.

Vilarejo calçado de pedras, e terra batida, recortado pelo mar,
Morros altos, encostas banhadas pelo sol, paraíso ou el-dourado,
Onde aqueço minha alma, oh! Terra quieta e tão querida,
Berço da meninice, igrejinha onde sonhei casar com um príncipe encantado.

A pracinha, o coreto onde menina brinquei bancos onde meu primeiro beijo ganhei,
Canções que no alto falante escutei que me marcaram e nunca me esqueci,
Coqueiros; meu leito juvenil, brincadeira de rodas, ciranda o primeiro amor.
Vida passada, no meu coração ainda guardado, saudade mais doce que já senti.

SALVADOR. 10/06/09.
DOCE VAL.