CRESPÚSCULO DAS ÁGUAS
No templo dos banzeiros
Animais arisco nadam
Espanto e fúria da correnteza
Palafitas encalhadas no beiradão.
Crepúsculo das águas barrentas
Lava-se, desmancham-se os barrancos
Flutuantes de almas jardins de mureru
Jaçanãs e gaivotas em afagos ruidosos vão,
Os peixes voam em cardume estrelar
O ribeirinho sobrevive incólume,
Às intempéries da natureza.