Serra de meus amores

Ó minha serra de meus amores!

Ó montanhas repletas de primores!

Ó prados verdejantes!

Ó límpidas nascentes!

Ó doce frescor dos rios que te banham

Ó formosa serra de mil riquezas

Eleva-me do chão até os pés das nuvens

As nuvens são teus véus!

No céu pássaros louvam!

Tuas belezas! Terna majestade!

Dos primores nascem ternos fragores!

Fazes de nós eternos sonhadores!

Tudo em ti é precioso!

No inverno veste branco!

Vestindo de paz teus horizontes...

Ao redor da fogueira doce alento!

A cuia... A erva... Amargo chimarrão

Saboroso churrasco!

Campeiro fogo de chão!

Enchem-se as mesas com teus sabores...

No cume guardas teus mil segredos

De tua prosperidade fraterna!

Fiel ventre materno!

Acolhe o que é moderno,

Mas jamais esquece tuas raízes!

Sim! Declaro-te meu paraíso...

Teus jardins floridos de esplendores

Deleitam meus olhos!

Purificam minha alma!...

A chuva enaltece teus odores!

Banhamo-nos com delicados pingos,

Rolamos em teus barros sagrados,

Fizeste-me tão feliz!

Deste imensa alegria!

Nas Gotas d'águas na grama banhavam

E eu como um peixinho me deleitando

Ó serra de lembranças tão serenas!

Guarda-me eternamente

No teu seio grácil!

Nos ternos orvalhos tocando a grama!

Venero tuas belezas naturais

Sim! Quero voar nos teus penhascos!

Redescobrir-te sempre,

Como quando era criança...

Var amanhecer manhãs mais vividas,

Nos pôr–do-sol me reerguer de esperança

Sim! Brindar-te com dourados cálices

Saborosos primores!

Deleitosos amores!

Deixar-te aos meus filhos de herança!

(Joselito de S. Bertoglio)

Joselito de Souza Bertoglio
Enviado por Joselito de Souza Bertoglio em 01/02/2010
Código do texto: T2063943
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