A LINHA DO OESTE

A Linha d’Oeste

parece pente

e serpente.

Tem encostas dentadas

e curvas deitadas.

Segue reto.

Vira aqui,

gira ali.

Serpentina toda engraçada.

Na Linha d’Oeste

passava trem.

Hoje passa alguém.

Passa um

Passa dois

Passa três

Passa bicicleta

e quem perna tem

passa também.

A Linha d’Oeste

se estica e se encolhe.

Mata lá

e casa cá.

Mais mato do que pousada.

E lá longe casebres

parecendo favela,

mas é só uma fivela

em um cinto

de sítios e chácaras.

A linha segue para o oeste

e é atravessada lá na frente

por um asfalto que segue para o leste.

Leonardo Lisbôa

Barbacena, MG. 02 / 01 / 2010

A Linha d’Oeste era uma antiga linha férrea que ligava o interior de Minas ao litoral passando pelo Campo das Vertentes, logo por Barbacena. Hoje é uma das vias suburbanas da cidade utilizada para caminhadas e passeios de bicicleta.

LLisbôa

POEMA 13 - CADERNO: VOLTANDO PARA CASA

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 30/06/2010
Reeditado em 13/06/2014
Código do texto: T2350634
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.