Chuvas

Libera a fonte do beber
Alimenta tamanha sequidão
Do nordeste – norte a desfazer
Imensas chuvas no verão

Quem de seco esteve
Sempre resta uma ilusão
Ver verde todo dia
Ver banhado o sertão

Que tantas águas desabam
Mas por que tão de montão?
Não se pode dosar a alma
Nem lavá-la com sabão!

As lavadeiras que esperavam chuva
Hoje choram de aflição;
Tanta água tira a vida
E a alegria do coração!