Veias
Em minhas veias
Água salgada
Que cansada
De nos olhos ficar confinada
Transborda-me inteira
Bombardeada
Por um coração cheio de canseira
Que outrora,
Por muitas léguas batera
E agora,
Por farelo de esperança
Se rasteja
Mas não se deixa
Destrilhar por tristeza
E forte põem-se a enfrentar
Infinitas caixas de pandora
Alegrando um novo palpitar
A transformar
Água salgada de lágrima
Em sangue corrente de vida
Em minhas judiadas veias
Carina Aparecida Leite