Grávida

Eu tô grávida.

Grávida de uma flor,uma dor;

Grávida da terra.

Eu tô grávida de uma cidade, que acalenta igualdade, mas que na verdade não é.

Espero um furacão, uma cançao singela, um cartão postal.

Vou parir quando a cidade dormir, quando o sol se for, e a noite contrair o manto.

Vou dar a luz ao céu que inebria em tempestade.

Cada vez mais grávida estou; de uma rosa sozinha no galho; de uma natureza em forma e cores.

Ao sol de meio dia irá surgir no esplendor, o som do mistério inefável de uma gravidez sobrenatural.

Andreina
Enviado por Andreina em 12/09/2010
Código do texto: T2493420
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