O luar no Sertão

O LUAR NO SERTÃO

As chuvas já passaram,

Um lindo verde cobre a terra com o seu mato,

Chega o frio com o vento suave sobre o pasto.

Com a noite a lua brilha,

Sua beleza está a minha vista,

Encanto-me com o amarelo que encobre as colinas.

É luar no sertão,

Esplendor que faz bater mais forte o coração,

Tema de romance...

Companhia do cântico de uma bela canção.

Nuvens em linhas cinza lhe cortam a imagem,

Na escuridão, traçados se confundem na negrura do espaço,

Há uma mistura de preto luz...

Que ao verde das arvores faz o contraste.

Estou parado a observar muito atento,

Com o frio, procuro escutar o sussurro do vento,

Um arrepio corre meu pelo...

É o muito prazer que me sai de dentro.

Penso no amor...

No seu traçado coberto pelas pétalas de uma flor,

Quantas vezes eu estive sob o luar...

Novamente... Fui renovado da força em minha dor.

Ainda estou diante da lua que surge,

Do seu encanto leva as ilusões que me seduz,

Percebo da paixão que me incendiou a alma...

Seu encanto dominante me torna Impune.

Não sou eu culpado do fogo meu,

Da fogueira acesa no meu corpo por inteiro,

Das lagrimas de desejo... Mistura de recusa...

Sentimentos profundos tomados como feio.

Serei vítima agora que sinto do que não quero?

Serei réu quando procuro o feio de sentimento tão belo?

Serei juiz da vontade que me fez desejar?

Desejos imaginários do incerto?

Do que ser o que não podia ser a lua não me disse!

Como saber então do puro e insensato?

Como saber da capacidade a trazer a alma do que lhe aflige?

Como saber da paixão... Sentimento que agride?

Aos que admiram a lua passo uma experiência,

Nos teus sonhos de uma paixão tenha paciência,

Para que ao seu brilho e encanto neste sertão,

Não ofusque o belo do teu amor à inocência.

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