MINUANO
MINUANO
Voarei pelo espaço,
rodopiando sem fim,
Por sobre as campinas,
por sobre os jardins...
Irei por vielas,
com marcas e estreitas,
muitas delas floridas,
com flores perfeitas...
Uivarei um canto demente,
àqueles todos passantes
e verei mil receios,
nos rudes semblantes...
Dançarei ao som,
da minha própria melodia
e estarei bem mais forte,
ao ocaso do dia...
Eu sou sempre inconstante,
como as águas do mar,
onde velhos marinheiros,
nunca saem a pescar...
Sou por breves momentos,
brisa que acaricia
e por um longo tempo,
o tufão que assovia...
Eu venho do sul,
viajeiro cigano,
sou vento de morte,
me chamam Minuano!...