SÃO PAULO MINHA MUNDANA

Cidade de luzes e feridas,

Tu me seduzes nas ilusões mais perdidas.

Cadê você?

Envolta em situações mórbidas.

Sempre governada por pessoas sórdidas.

Onde estão?

Tua poesia, tua garoa?

Vives sem destino, meio à toa.

Cadê teus monumentos e prédios?

Pichados! Rabiscados!

Estás nua,

Sem nada, crua.

Cresce desordenadamente

Sem justiça, sem saúde.

Doente e ausente

De si e para todos,

Toda ligada

E ao mesmo tempo separada.

São Paulo minha Mundana,

Bela e profana.

Retrato amargo do desleixo.

És imperfeita, mas não te deixo.

Edson Luz
Enviado por Edson Luz em 04/08/2011
Reeditado em 18/09/2013
Código do texto: T3140204
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