Volta Redonda

Nossa casa é de aço

Nossa escola é de aço

É de aço o céu

Nossas estrelas são de metais

Nosso berço é de aço

E quando nossa boca ferve,

Como que queimando o bafo,

É que nossa boca leve

É feita de aço

Que perfume sentimos

No gozar da aurora?

se na sinusite louca

de nascer morremos?

o canto do coleiro preso

Na periferia solidária

Nós temos fama de Cíclopes

Mas alçamos deuses nobres

casa, casinha, casarão

Envolta do rio tonto de infinito

Eu às vezes vejo o paraíso

Com os mesmos olhos com que vejo a solidão.

lucheco
Enviado por lucheco em 04/01/2007
Reeditado em 31/03/2012
Código do texto: T336671