Gonzagão o rei do baião

Neste ano do centenário de Luiz,

O fruto bendito do senhor Januário

O nosso saudoso Gonzagão

Quero eu, que não sou cantador,

Nem sanfoneiro, vaqueiro,

Repentista ou mesmo nortista

Por meio de minhas rimas

E como bom brasileiro que sou

Prestar esta seleta homenagem

A um grande, cabra da peste,

Gonzagão o nosso rei do baião

Que nasceu no sopé da Serra de Araripe

Em Exu no sertão de Pernambuco

Homem que nunca abandonou suas raízes

Um autêntico representante

Da cultura nordestina

Acompanhado de seus instrumentos

Sanfona, triângulo e zabumba

Com fé no seu padinho Cícero Romão

Gonzagão o rei do baião

Tocou o sertão, como uma oração

Sanfonou xote, forro, xaxado e o baião

Ele, Luiz que ainda jovem

Deu baixa no exército

Se indo como um bom soldado

Que o país perdia

Mas sorte a nossa e do povo

Que ganhava o mundo

Um grande artista

E na baixa meretriz no Arco da Lapa

O rapaz não se envergonhou

Cantou, tocou e encantou

E quando dele menos se esperou

Ao Brasil o músico se apresentou

Ele mesmo o grande sanfoneiro Luiz,

O fruto bendito de Januário

O Gonzagão o nosso rei do baião

E agora para findar

Esses humildes versos

Sem métrica, mas com rima

Eu venho e me despeço

Mas ainda teimando

A ouvir na rádio Nativa,

A só mais uma linda melodia

“Asa branca” a imortalizada canção

De Teixeira e de Luiz,

Sim, o Gonzagão

O nosso eterno rei do baião

Marcello dos Anjos
Enviado por Marcello dos Anjos em 29/02/2012
Reeditado em 04/03/2012
Código do texto: T3527691
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