CHUVA NO SERTÃO

Lá no sertão

não tem chuva

o verde fugiu da plantação

que dó que dá

Sem água para matar a sede

até a minhoca tem dificuldade

para furar o chão.

O rio seco

que dó que dá

os peixes morreram de sede

que dó que dá

Passarinho e bicharada

ficam tristes desolados

pela falta d'água

e de alimentação

que dó que dá

O sertanejo tem fé imensa

olha para o céu pedindo clemencia

Manchinhas de algodão

salpicam o céu azul

são nuvens

nuvens de esperança

caem pingos...

gotas ...

gotas...

tantas gotas...

formam uma espessa cortina

no céu azul do sertão

Gotas...

tantas gotas...

caem milagrosamente

formando um vasto

lençol de enxurradas

no chão do sertão.

“Que bom

que bom que é”

A té os sapinhos ficam alegres

tem bastante água na lagoa

para lavar o seu chulé.

Barra do Rocha, 18 de junho 2012

Valdinete Afra Bulhões
Enviado por Valdinete Afra Bulhões em 18/06/2012
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