LUIZ GONZAGA, POESIA, RELIGIÃO

LUIZ GONZAGA, POESIA, RELIGIÃO

(José Ribeiro de Oliveira)

Tenho dúvida se alguém sente

Com a mesma propriedade

Sentindo também saudade

De coisas que nem viveu

Fazendo encantar a alma

Pelas cenas da história

Reconstruindo a memória

Intensa assim como eu

Ouvindo Luiz Gonzaga

Retratando o meu Sertão

Nos versos de uma canção

Como um filme bem narrado

Não há maior perfeição

Entre arte e a poesia

Integrada em melodia

Do seu baião bem tocado

A cultura eternizada

De um povo quase esquecido

Num Nordeste tão sofrido

Para todo mundo ver

E mesmo em qualquer canto

Bastando ter sentimentos

Se entende bem seus lamentos

Sem mesmo lhe conhecer

Luiz Gonzaga, cantou tudo que queria

Cantou a noite e o dia

E as coisas do meu Sertão

Com sua arte sua voz deixou história

E toda a sua memória

Viverá no seu baião

Fez poesia da Estrada do Canindé

Lua branca e uma cabocla

Com a gente andando a pé

Fez espalhar por toda a plantação

O verde dos olhos dela

Pra ver brotar no Sertão.

Professor José Ribeiro de Oliveira
Enviado por Professor José Ribeiro de Oliveira em 10/11/2012
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