NORDESTINO
Peguei aquela estrada um dia,
com destino indefinido,
rodei 500 léguas e meia,
por este Brasil desconhecido
Vi cidades e povoados,
assistindo as procissões,
daqueles desamparados,
verdadeiros analfabeto,
chamados de cidadãos
Nordestino sem destinos,
verdadeiros heróis barrocos,
sem lenços sem documentos,
caminhando como uns loucos.
Com um sonho na cabeça,
vi os Antônios, os Severinos, e os Amaros
casados, solteiros, viúvos,
brancos, pretos e mulatos,
cada com sua crença,
querendo chegar em São Paulo
Lá se vão quarenta anos
Passados por esta estrada,
onde andam os Nordestinos,
desta historia complicada,
estão vivos ou já morreram?
Ou quem sabe enriqueceram !.
Pois é queridos andantes,
estejam onde estiverem,
no Sul no Leste ou Oeste,
enalteçam suas origens,
cabocla deste Nordeste
Figueroa. 23-06-2004