Pomar


 
Agora, lá daquela nuvem
minha estrela treme e desaba,
e bailam na noite outras cem
enquanto do chão o que é que vem,
senão um doce cheiro de goiaba?

 
Ressoa algazarra na lembrança:
na vida que andou invadida de criança
e exalou perfume, a estação entretém
num pomar de manga ou jabuticaba
o menino chupando que não se acaba.

 
Dá no passado, quando condiz o bem,
branda regalia dos que decorreram sem.




Milton Moreira
Enviado por Milton Moreira em 11/05/2013
Reeditado em 11/05/2013
Código do texto: T4285124
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.