Monjolo d`água

Numa fazenda velha,

pilão batia,

socava dia e noite, noite e dia,

marcando o tempo de uma vida que iria,

iniciar a luta de mais um dia.

O tempo que vai num tempo que vem

marcando a hora dessa paixão,

no vai e vem das águas, suave murmúrio

belas canções, ao raiar do dia,

abastece a vida, doce lembrança.

Monjolo, pilão de pau, bate pilão

alimentando a jovem d`uma leve paixão,

soca milho,arroz, café,também alimenta a

esperança de menina que chora, como criança.

Lá vem ela correndo ao encontro,

de um dia que começa, iniciando o canto,

daquele que trabalha, movimento constante,

Monjolo de pau, monjolo d`água,

acolhe a donzela, cheia de mágoa.

O dia termina soca pilão !

Menina, socorre! correndo aos seus pés,

na cabeça se esconde, o suor das tranças,

de menina que vive, uma doce lembrança.

Sissapoetisa
Enviado por Sissapoetisa em 05/04/2014
Código do texto: T4757837
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