MEU CHÃO



 
à Luzilândia - Piauí, minha terra natal

 
Senhor latifundiário do Céu.
A cana já semeou o açúcar
e a abelha já produziu o mel.

Queres cuidar da plantação!
Quero ouvir a voz de Deus
brotar de dentro do coração.
Alberto Araújo






É onde estão as fortunas dos carnaubais,
palmeiras onde canta os sabiás...
Matagais e milharais,
similitudes unidas
para a fome dos animais.

É lá nas fontes de cálidas violetas.
Montes belos e outras elevações a mais,
Café da manhã cheiroso e broas de milho
simplesmente fenomenais.
Asas de um sonhar profundo,
a abelha fabrica o mel nos frêmitos roseirais.



Meu solo...
É um cidadão amigo e tem os rios!
As avenidas – são os crepúsculos da vida.
É onde o barco é azul!
que leva o pescador em pescaria
do norte ao sul... que alegria!

Meu chão...
É onde navegam as pérolas da harmonia.
Mulheres de cabelos entrançados
amansam o dia-a-dia.
É lá também a terra de Luzia e de Maria...


Meu unhal acolhedor...
É onde têm casas caiadas.
Onde os chibos são felizes.
Poças de chuva... abaixo e arriba.

Onde tem a lua branca e vozes gerais.
A cada povo, um abraço a mais...
Terra aberta e simples,
paraíso das aves e animais.

A estrada é branca é guarida
nela o amor sempre faz-se presente,
tal qual as águas do Rio Parnaíba.








Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Meu chão

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 24/07/2014
Reeditado em 24/07/2014
Código do texto: T4894113
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