Quero-Quero
Curvo-me aqui, reverente
Para expressar um valor
Neste poema sincero
Que tem a simbologia
No grito do Quero-Quero!
Pois quero levar comigo
Pelas estradas, onde eu for
Uma palavra que diga
O quanto tu tens valor!
Velho Piquete andarilho
Vais perpetuando a história
De avô, de Pai e de Filho
Nessa grande trajetória!
Teu berço nativo, os galpões
No batismo águas correntes
Que brotam nessas vertentes
No seio das tradições!
Tua garra é espora e comando
Dispensa qualquer elogio
Na pena alada dos chimangos
Registra teus desafios.
Na seiva da história antiga
Bebes um trago de graças
Pr’a nunca perder a trilha
Que conduz tua força e raça!
O minuano ativa a memória
Soprando a brasa constante
Erguendo a chama da glória
Na alma gaudéria e amante!
Quero-Quero te ver assim
Como um gigante em alerta
Meu CTG criolaço...
Pra nunca chegar o fim
Do teu aconchego e abraço!