PELAS RUAS DA CIDADE

Ruas da cidade,
Que passo,
Repasso,
Me perco, às vezes,
Ruas de vieses,
De sobe e desce,
De vento que tece,
Uma canção estranha,
Ruas emolduradas,
Pelas montanhas,
Enigmáticas, verdejantes,
Ruas que se cruzam,
Que se avolumam,
Com os apressados passantes,
Com seus complexos instantes,
Ruas em que o antes,
Se faz tão presente,
E o depois, não importa tanto,
Ruas de tantos cantos,
De noites envolventes,
De quereres bem,
Ruas que vão além,
Do asfalto, do concreto,
Que me deixam repleto,
De fascínio,
Ruas do meu destino,
Da amada Belo Horizonte,
Da inspiração, uma fonte.


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Ruas que sobem, que descem
fazem curvas, traçam retas...
Ah, vocês bem que merecem,
o coração do poeta.

(HLuna)