Cidade calamitosa

Prisioneira do medo

Refém da violência

Abandonada por ti

Vítima da tua indiferença

Em tua grandeza

Sinto-me pequenina

Ajoelho-me aos teus pés

Para uma prece que não será ouvida

Ao levantar os meus olhos úmidos

Deparo-me com os teus, frios, indiferentes

Num momento de desespero

Clamo, grito desesperado

A procura de socorro

Porém sou esquecida

Ultrajada, ferida

Abandonada à minha sorte