Trajetória de um noredestino

Povo cheio de munganga

Somos nós nordestinos

Colecionamos peripécias

Desde os tempos de menino.

Nordestino quando nasce

Não chora que nem os otos

Mostramos é nossa gengiva bangela

Já mangando da cara do povo.

Quando vai aprender a andar

Da logo seus trupicão

Vai andando trambecando

E arrancando do dedo o tampão.

Ao dar as primeiras palavras

Aprende dois Português

Um mais ajeitadinho

E o nosso Nordestinês.

O sotaque é conhecido,

Com a fala arrastada

Vez por outra se acelera

Para dar uma patada.

Temos essa velha fama

De ser um povo respondão,

Pois quem nasceu com vergonha na cara

Não leva desaforo para casa não.

Mas educados, nós somos muito

Difícil se ouvir um palavrão

Invés disso fazemos uso

De outros velhos chavão.

É um tal de fí de uma quenga ,

Homi vá se lascar

Vá para baixo de uma égua

Um caixa de prego chupar.

E nesse ritmo seguimos

Desse jeito diferente

Contando nossas histórias

Em poesias, cordéis e repente.

karenRodrigues
Enviado por karenRodrigues em 07/03/2016
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