Canto á Canta Galo

Quem sabe até os anjos do Criador

Que não sabem ainda o que é cobiçar

Se olharem bem podem até desejar

Morar em um lugar como o deste interior

Onde nem algumas nuvens alcançam

Passar dos cumes onde descansam

Pessoas de sorte, desta terra superior

Onde o ar puro e o vento suave são costumeiros

E as belas araucárias e os eucaliptos cheirosos

Adornam a paisagem dos montes ditosos

Condizendo com o coração do mateiro

Que vive e cria seus filhos com amor e humildade

A despeito da tão vil e contraria realidade

Da maioria dos pais do mundo inteiro

Terra especial que me encantou o pensamento

Com todos os seus primores e diferenciais

Onde o ar, o clima, a água e a vista são especiais

E tudo o mais me desperta o sentimento

Há se não fosse a minha pobre condição

Que mal me alcança a cada dia o pão

Viver ali seria o meu contentamento

Mas Cada obra tem seu tempo determinado

Hoje sou só um pobre acadêmico

Encantado com este espaço edênico

Que de tão belo me deixa desconcertado

Ser jovem e poder comprá-lo me dão esperança

Mas o só o contemplar já é bem aventurança

Ainda que arda em mim o desejo demonstrado

Que em mim começou a arder como fagulha

Que se nutriu pelo olhar e sentir, vagarosamente

Até que cresceu e se tornou chama ardente

E começou a queimar e pungir feito agulha

A admiração desta terra tão linda e ditosa

Que nos deixa na alma a cobiça saudosa

De retornar a Santo Antonio da Patrulha

Sim, é de Santo Antonio da Patrulha

Esta terra do interior e de mil primores

Que desperta em quem a vê mil amores

Como chama ardente ou como fagulha

Encanta a qualquer um que a contemplar

Quem sabe um dia ainda será meu lar

O Canta Galo que a tantos orgulha

Santiago Guerrero Tuesta
Enviado por Santiago Guerrero Tuesta em 01/04/2017
Código do texto: T5958378
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