Norte

Atrás do cinza, dos egos

maiores que os prédios

haja sorte

bem longe do concreto

onde o sol seja mais forte

onde o riso é o pão

onde o transito é a feira

onde a garoa vira seca

onde o protesto é festa

o café, acarajé

os faróis viram maré

o estado que os sapatos estão desempregados

As janelas de madeira

dão lugar aos vidros chatos

onde vivem empresários

nos departamentos de calculos

contas, saldos e extratos

no fim da tarde acabam em cigarros

O Norte

sim, eu quero o Norte

onde a terra é meu tapete

onde a alegria é a noticia

onde tristeza não é manchete

Onde o cacau é o meu chiclete

Douglas De Carvalho
Enviado por Douglas De Carvalho em 22/05/2017
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