TORMENTA

 

Quando chega no nordeste

O tempo das trovoadas

E as nuvens fogem

Sem trazer as chuvas esperadas

 

Levanta as mãos aos céus

O homem sofrido e forte

Eleva sua voz a Deus

Em prece fala da sorte

 

Dialoga de Filho para Pai

E suplicando com emoção

Fala da sua vida

Numa sincera oração

 

Fala da terra destocada

Com as suas próprias mãos

Toda limpa e encoivarada

Pela mulher e os filhos sãos

 

Pede que tenha piedade

Das crianças e animais

Que envie logo a chuva

Pois esta tarda demais

 

Quando esta chega calma

É motivo de muita paz

Para todos é alegria

E muita bênção traz

 

Mas se chega em tempestade

O homem já lamenta

Pequei, meu Deus, é castigo

Nos livre da Tormenta.


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