Lilico

Rubro intenso que mostras sobre a mesa

Ouro vermelho, sangue do lavrador

Traz tua acidez até para sobremesas

Da semeadura à colheita, mui labor

Na terra covada o sonho renascer

Desbrota para o fruto vicejar

Rezando baixinho para não chover

Orando em silêncio para não esquentar

Solitários ranchos, curtos horizontes

Bambus em feixes acinzentados

Vales úmidos, verdes montes

Sob a terra em relevo ondulado

Frutos caneados, hora de colher

Será que o preço bom estará?

Lilico, meu amigo, agora vamos ver

Se um retorno justo acontecerá