Casa de Fazenda


Relógios de ponteiros
e velhos baús do peito!
Tem vida própria ,as palavras
que deixastes escritas no papel de pão!

Só um café preto fervendo no fogão;
E tem plantio amanhã de milho e feijão,
Se planta hora certa da manhã 
tem noção de pleito o cabloco!

E espera e deita na rede a enrolar cigarro de palha,

Calculando horizonte, esperando nuvem,para com alento
nascer semente e broto de chuva abençoar pleito!

Logo aparece menino tocando boi,
manda recado pra dona Sinhá subir morro;
Mulher rendeira que tem aguardente e loção de cheiro!

Amanheceu coucha de retalho espalhada no chão,
Broa de fubá e café com leite quentinho no fugareiro,
Dona Sinhá já  saiu mundo,lava roupa na beirada do rio!
Cabloco se entremeia,no mato,até outro arrebol,
levou marmita e galão dágua,choveu só na poesia!!



(Quero dedicar com carinho ao poeta Marcos Gomes,já um amigo)








 
MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 14/10/2018
Reeditado em 14/10/2018
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