DOCE TERRA ONDE NASCI

Sergipe, Aracaju, Porto Dantas.

Nas suas ruas fui criança

Onde lá corri e brinquei,

Tenho ainda à lembrança

Dos amigos de infância

E dos verdes aonde andei.

Trago em minha memória

Parte de sua história;

Dos mangues e canaviais.

Dos lindos pés de coqueiros,

Da salina e seus viveiros

E das marés nos manguezais.

De palmeiras tão majestosas

Tão lindas quanto as rosas

Do mais bonito jardim

E ao longe eu avistava a "barra"

Que num "azul-cinza" ficava

No horizonte sem fim.

Lá o sol brilha mais forte,

E com os ventos mornos do norte

Chuvas repentinas vêm.

Noites quentes tropicais,

Frescor da brisa que cai

E aurora que igual não tem.

Em sua faixa litorânea

A Atalaia, a soberana,

Se impõe, seduz, é sem par.

Beleza praiana que é ímpar,

Fascina, encanta, é tão linda

O quanto é lindo o seu mar.

Reecordo-me com saudades

Daquelas morenas tardes

No colégio onde estudei

E do recreio com os colegas;

Dos doces que na "Budega"

Tantas vezes apreciei.

Lembro-me que na partida,

Para uma terra desconhecida,

Na despedida chorei,

Deixando meu lar pra trás,

Humilde mas tinha a paz

Que para onde fui não achei.

Mas um dia fui de regresso,

Demorei, eu sei, confesso,

Mas fui rever meu lugar.

Doce terra onde nasci

E ainda que lá não cresci,

Não vou deixar de amar!

JSFreire
Enviado por JSFreire em 10/10/2020
Reeditado em 16/08/2023
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