COM A MORTE DE TOINHA

I

Setentanos bem vivido

Com a mulher que mais amei

E com ela me casei

Sendo sempre um bom

Marido por ela sempre querido

Em toda esta existência

Sem nunca haver diferença

Comigo tendo cuidado

Nunca houve um desagrado

Com toda paciência

II

Desta nossa união

Quatorze filhos nasceram

Porém só onze cresceram

Dessa nossa geração

Todos casados estão

Oitenta netos já tenho

Doze bisnetos tombem

Que a todos ela abraçavam

Com muito carinho beijava

Dizendo a todos eu quero bem

III

Quando eu adoecia

Ela ficava ao meu lado

Ali com todo cuidado

Perguntando o que eu tinha

Muito chá ela fazia

Para ver eu milhorar

E sempre a mim perguntar

Está sentindo melhora

Isto era de hora em hora

Sem nunca ela se faltar

IV

Pra todo canto que eu ia

Com ela eu sempre falava

Ela me recomendava

Jesus seja a sua guia

Com toda fé eu saia

Não tinha medo de nada

Com aquela palavra sagrada

Ela dizia com fé

Sua guia é São José

Cuidado com a cervejada

V

Senti muito a sua morte

Veja não foi brincadeira

Sessenta anos de companheira

Na vida me dando sorte

Foi sempre uma mulher forte

Toda luta enfrentando

Sempre coragem me dando

Para a vida nós romper

E algumas coisa nós ter

Para a vida ir levando

VI

Ela foi pra eternidade

Esperar a minha ida

Breve será a partida

Unir de novo a amizade

De Deus espero a vontade

Só não sei quando será

Que ele quer me levar

Fiquei na terra sozinha

Sem ter mais a TOINHA

Que venha me consolar.

JOACA ROLIM
Enviado por Félix Rolim em 28/01/2021
Reeditado em 28/01/2021
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