Virgulino o Lampião

Virgulino Lampião

Homem de destreza

Cangaceiro do sertão

Enfrentava a nobreza.

Às vezes lutava pelos fracos

E oprimidos também

Nas matas e descampados

Não corria de ninguém.

Enfrentava a volante

Era homem destemido

Nas brenhas verdejantes

Era ser evoluído.

Lampião do nordeste

Do sertão de Pernambuco

Da humildade vieste

E revoltou-se por luto.

Quando seu pai, perdeu,

Com o tempo rebelou-se

Muito sofrimento causou

E o sertão martirizou.

Tornou-se vingativo

Abraçando o cangaço

Era muito criativo

Armava muitos laços.

Contou com muitas vitórias

E derrotas também

A alguns ele ajudava

E a muitos mandava pro além.

Tirava dos fazendeiros

E passava para os pobres

Lá pelos ribeiros

Sempre perseguia os nobres.

Fazia sua própria justiça

Brigava com muito ódio

Às vezes fugia da polícia

Do sertão era opróbrio.

Saqueava e devolvia

De acordo com os acontecimentos

A muitos ele assistia

Para outros era tormento.

Jamais entregava os pontos

Com Corisco e os demais

Isso não é apenas um conto

É poesia e muito mais...

Lampião o rei do cangaço

Disposto por natureza

Parecia ser homem de aço

Possuía imensa rudeza.

Foi o maior dos cangaceiros

Homem temido por todos

Era um ótimo cavaleiro

Terrível e caridoso.

O famoso lampião

Matuto e grande lutador

Desapareceu do sertão

Mas lendário continuou...

Poema do livro: "Onde Estais?, CBJE, 2006, RJ.